Embrapa e MDA se unem na produção orgânica

Para mostrar as possibilidades de adoção do sistema agrossilvipastoril orgânico, o uso de remineralizadores e bioinsumos e as oportunidades de vendas dos produtos a programas governamentais, a Embrapa e a Emater-DF promoveram, durante a AgroBrasília 2023, um Dia de Campo que contou com a participação de cerca de 50 pessoas, entre técnicos, estudantes e produtores.


O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados (DF), Fábio Faleiro, destacou que com o avanço da ciência e da tecnologia, os princípios do cultivo orgânico vêm ganhando escala. “O Brasil tem uma agricultura diferente dos outros lugares. Com a adoção da tecnologia, podemos produzir com sustentabilidade”, completou.

O pesquisador Luciano Mattos, atualmente assessor da Secretaria de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), falou sobre o Programa Florestas Produtivas, que está em elaboração e fará parte do Plano Plurianual do MDA, tendo como objetivo de unir restauração ecológica a ambientes produtivos. Ele afirmou que o ministério tem buscado estreitar o relacionamento com a Embrapa. “A expectativa é grande e a Embrapa é uma parceira estratégica para o MDA”, disse.

Implantada em 2010 pela Embrapa Cerrados em parceria com a Emater-DF e com o apoio de produtores no Parque Ivaldo Cenci, onde é realizada a AgroBrasília, a Unidade de Pesquisa Participativa em Produção Orgânica (UPPO) tem uma área de 1,1 ha ou 11 mil m², com árvores, cultivos agrícolas e um sistema de recria de novilhas leiteiras. “Nossa ideia era implantar um modelo para avaliar o desempenho técnico e econômico desse sistema orgânico”, lembra o pesquisador João Paulo Guimarães Soares. O sistema agrossilvipastoril é uma modalidade de sistema agroflorestal, integrando ao componente agrícola, silvícola e pastoril. “É um modelo que se aplica a essas condições, inclusive, aos tamanhos das propriedades aqui do Distrito Federal”, completou.

O pesquisador falou sobre a importância das árvores no sistema, uma vez que promovem a reciclagem de nutrientes, a fixação de nitrogênio do ar no solo (se forem de espécies leguminosas), a estabilidade climática, conforto térmico aos animais, a biodiversidade, a proteção do solo contra erosão, a diversificação da produção e o aumento da renda, além de servirem como quebra-ventos, reduzindo a perda de água do solo e das plantas.

organicnewsbrasil

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